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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Aristides Sousa Mendes (Cabanas de Viriato)

Aristides de Sousa Mendes GCC • OL • GCL, também conhecido por Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, nome para o qual alterou o seu, (Cabanas de Viriato, 19 de julho de 1885 — Lisboa, 3 de abril de 1954) foi um cônsul Português.
Enquanto Cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial, desafiou ordens expressas do presidente António de Oliveira Salazar, que acumulava a função de ministro dos Negócios Estrangeiros, e durante três dias e três noites concedeu milhares de vistos de entrada em Portugal a refugiados, principalmente de origem judia que fugiam da Alemanha, mas também outros indivíduos que simplesmente procuravam simples asilo, pois desejavam fugir de França em 1940.
Embora algumas fontes apontem o número de judeus salvos do Holocausto por Sousa Mendes na ordem dos dez mil, num total de trinta mil refugiados a quem terá passado vistos, estudos levados a cabo pelo historiador Avraham Milgram, da Yad Vashem, sugerem que estes números terão origem num equívoco com o número total de judeus que terão passado por Portugal durante a segunda guerra mundial, cuja origem terá sido incorrectamente atribuída à acção de Sousa Mendes pelo autor Harry Ezratty em 1964, e desde então repetido acriticamente e sem verificação por muitos jornalistas e autores. Embora o número total de vistos passados por Sousa Mendes seja desconhecido, devido a muitos deles terem sido passados sem que deles se fizesse registo, esse número terá sido, na realidade, bastante inferior aos números iniciais referidos por Ezratty. Segundo Avraham Milgram, que reconhece o heroísmo do feito de Sousa Mendes, este equívoco terá contribuído para que vários jornalistas e autores tenham vindo a exagerar a figura e os feitos de Sousa Mendes, comparando-o com outras personalidades como a de Raoul Wallenberg.