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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Mina de S. Domingos

Mina de São Domingos no Alentejo, localiza-se na freguesia de Corte do Pinto, concelho de Mértola, distrito de Beja, em Portugal.
A mina e a respectiva aldeia correspondem a um antigo couto mineiro. Possuíam ligação ao porto fluvio-marítimo do Pomarão, no rio Guadiana, por meio de um caminho-de-ferro de via reduzida, com cerca de 15 km de extensão, a Linha São Domingos - Pomarão.
A exploração mineral no local de São Domingos é anterior à invasão romana da península Ibérica, período em que os trabalhos se intensificaram com a exploração do "chapéu de ferro" que cobria a massa piritosa, para a exploração de cobre, ouro e prata.
Em 1858 tem início a moderna exploração da mina, por iniciativa da companhia de mineração "Mason & Barry". Os trabalhos prolongaram-se até 1965, ano de esgotamento do minério e de encerramento da mina. Neste período, a lavra foi feita a céu aberto até aos 120 metros de profundidade, tendo os trabalhos continuado por meio de poços e galerias até aos 400 metros.
Com o fim da lavra, a aldeia mineira entrou em decadência. Esta foi a primeira aldeia do país a ter luz elétrica.
O conjunto encontra-se atualmente em Vias de Classificação.

























Mazouco

Mazouco é uma freguesia do concelho de Freixo de Espada à Cinta, donde dista cerca de 12 quilómetros da sede de concelho. É uma aldeia paralela ao rio Douro, situada a meio das encostas de um profundo vale, e que tem como pontos mais altos o Monte Barreiro, o Monte Covas e o Monte Juncal, e como ponto mais baixo a margem direita do rio Douro e o seu leito. Do outro lado está o Monte Godim de Espanha.
Possui uma geografia peculiar: o espectáculo sobre as margens serpenteadas do Douro Internacional é simplesmente deslumbrante, avistando-se recantos de água e pequenas elevações com culturas diversas, bem como íngremes encostas do lado de Espanha, que se elevam sobre curvas e contracurvas do rio. Toda a natureza envolvente é um espectáculo que maravilha o visitante e o delicia com uma paisagem única e inigualável.
Mazouco é uma aldeia muito antiga, cujo termo era já habitado há milhares de anos, como nos prova a gravura rupestre do “Cavalo de Mazouco”. E outra coisa não era de esperar, dada a proximidade da água, líquido precioso para a sobrevivência e defesa dos povos da pré-história.
A palavra "Mazouco" poderá ter origem em "Ferro Massuco", "Ferro Maçuque", ou "Maçouco" que aparece referida no foral de D. Manuel I, e significaria ferro grosseiro em massa ou em barra.
Quanto à fundação da aldeia, há uma tese que defende que seria um grupo de moradores de Masueco (espanhol), povoação fronteiriça a Lagoaça e perto de Aldeadavila de La Ribera, que ali se fixaram depois de passarem o Douro. Nada prova que fosse assim, ou, porque não o contrário? De qualquer modo há concerteza alguma semelhança na origem do topónimo até pela sua vizinhança e situação geográfica.
É uma terra cuja actividade principal é a agricultura. Aqui produz-se vinho generoso em abundância, laranja e amêndoa.






















Nos tempos livres, as mulheres fazem renda de agulhas nas soleiras da porta e os homens frequentam o café da aldeia. Os lugares mais habituais de encontro são o Largo do Rossio, local onde se realizam as festas da aldeia e o Largo das Eiras, onde ainda se jogam Jogos Tradicionais como a malha ou o fito. Neste local existe um nicho com uma imagem de Santo Isidoro.
Possui uma Igreja Matriz que é rústica, românica tardia, de princípios do século XVII, com torre sineira central e simples. A Capela de Santana é também um imóvel de elevado valor histórico.
Ir a Mazouco é conhecer uma terra bem portuguesa, a qual contém ainda diversas casas típicas de xisto, e cuja rua principal é um declive que leva o visitante até ao embarcadouro do Douro e aos pomares que ornamentam o termo. Aí pode-se pescar já que o peixe não falta ou então descansar do trabalho semanal citadino. Recorrendo ao Miradouro do Colado, que se encontra num local sobranceiro à aldeia, poder-se-á avistar Mazouco inserido numa paisagem magnífica, marcada pelo imponente leito do Douro.

Malpica do Tejo

Malpica do Tejo é uma freguesia portuguesa do concelho de Castelo Branco, com 246,02 km² de área e 517 habitantes (2011). Densidade: 2,1 hab/km².
A vasta área da freguesia foi ocupada desde tempos remotos. Vários são os vestígios da pré-história aí existentes, desde o Paleolítico (vários instrumentos de pedra lascada),Neolítico (covas em rochedos, assinalando pontos de observação astronómica, provavelmente com funções mágicas) até à Idade do Ferro (cabanas circulares) e época romana. Porém, após a antiguidade a zona ficou ao abandono durante vários séculos e só no século XV temos clara notícia de existência da freguesia. A partir daí, a freguesia foi crescendo até atingir, em 1960, cerca de 3500 habitantes (Malpica foi, no século XX, e ainda é, das aldeias maiores do concelho de Castelo Branco). Hoje, devido ao êxodo rural, residem em Malpica cerca de 700 habitantes (a que se junta uma população flutuante de cerca de 300 habitantes).
Malpica (Malpica do Tejo a partir de inícios da década de 50) é uma freguesia muito rica a nível etnográfico e folclórico (Zeca Afonso recolheu ali muitos "cantares", como seja: Maria Faia, Moda do Entrudo, Jeremias, Oh! Que Calma!, etc.), gastronómico, arquitectónico e paisagístico - integra o Parque Natural do Tejo Internacional.