Dornes é uma localidade portuguesa do concelho de Ferreira do Zêzere, com 21,91 km² de área e 594 habitantes (2011) . Densidade: 27,1 hab/km².
A Vila de Dornes situa-se numa pequena península à beira-Zêzere, no concelho de Ferreira do Zêzere.
Foi sede de concelho entre 1513 e 1836. Era constituído pelas freguesias de Beco, Dornes e Paio Mendes. Em 1801 tinha 2 287 habitantes e 43 km².
Foi sede de uma freguesia extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Paio Mendes, formar uma nova freguesia denominada Nossa Senhora do Pranto com a sede em Frazoeira.
Dornes situa-se no extremo norte do distrito de Santarém, concelho de Ferreira do Zêzere. Eclesiásticamente pertence ao Bispado de Coimbra e turisticamente está integrada na Região de Turismo dos Templários.
Dornes faz fronteira, através do rio Zêzere (Albufeira de Castelo do Bode), com a freguesia de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã e distrito de Castelo Branco. No concelho de Ferreira do Zêzere faz fronteira com Águas Belas, Beco e Paio Mendes.
Compõem esta freguesia a Vila de Dornes, sede histórica e religiosa da freguesia e os lugares de Barrada, Cagida, Carril, Casal Ascenso Antunes, Casal da Mata, Frazoeira, Joaninho, Junqueira, Lameirancha, Macieira da Rocha, Peralfaia, Quinta da Benta, Quintas, Ribeiro da Coroa, Rio Cimeiro, Rio Fundeiro, Salão de Baixo, Salão de Cima e Vale Serrão.
Terra muito antiga, será mesmo anterior à fundação da nacionalidade, como o atestam os monumentos e os vestígios arqueológicos que por aqui se têm encontrado. Já na primeira dinastia alguns documentos que lhe fazem referência, sendo documentada a presença de um religioso de Dornes no Foral de Arega, em inícios do século XIII.
Ainda no século XIII há referências à Comenda Templária de Dornes.
Mais tarde, no século XV, Dornes, enquanto Comenda Mor da Ordem de Cristo teve por Comendador D. Gonçalo de Sousa, homem muito influente, da Casa do Infante D. Henrique, e que aqui mandou construir, em 1453, a Igreja de Nossa Senhora do Pranto. Este local de culto deu à povoação, parte da importância que esteve na origem, em 1513, da atribuição do Foral Manuelino.
Aqui nasceram, um século mais tarde, muitos dos heróicos combatentes que por volta de 1650 se bateram nas fronteiras para assegurar a independência nacional.
Do "modus vivendus" das gentes de Dornes, destacaremos a produção e comercialização da madeira de castanho, tradição que já encontramos descrita desde o século XIV e que se manteve até finais do século XIX. Também no Século XIX, a reforma de Rodrigo da Fonseca, veio extinguir o Concelho Dornes, integrando-o desde 1835, no Concelho de Ferreira do Zêzere.
Do século XIX para cá, Dornes tem sido um polo de atracção turística e a sala de visitas do Concelho de Ferreira do Zêzere em função das suas paisagens deslumbrantes sobre o Zêzere e também em virtude da grande carga histórica e monumental que as suas aldeias encerram. De entre os visitantes ilustres, destaca-se Alfredo Keil que em 1890, estando hospedado na Estalagem dos Vales, ensaiaria com a então Sociedade Filarmónica Carrilense a primeira orquestração da marcha: "A Portuguesa", sendo por isso o Carril um dos berços do actual hino nacional de Portugal.
(wikipédia)
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